A Fundação Casa de Jorge Amado, as Faculdades Jorge Amado e a Academia de Letras da Bahia, reconhecendo a atualidade e diversidade de personagens e situações que fazem do romance Jubiabá um marco na moderna ficção brasileira, promoveram, em agosto de 2005, o Colóquio Jorge Amado – 70 anos de Jubiabá, reunindo pesquisadores, estudiosos e admiradores da ficção amadiana, para tratar de temas e assuntos referentes ao autor e sua obra.

Realizado nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2005, o evento reuniu, no auditório Zélia Gattai, das Faculdades Jorge Amado, um expressivo elenco de profissionais das mais prestigiosas instituições, nacionais e internacionais, com a finalidade de atualizar a discussão sobre os temas de interesse para a comunidade acadêmica e para o público em geral, tendo como ponto de convergência a obra de Jorge Amado e, em particular, o romance Jubiabá, completando na época 70 anos de publicação.

Iniciado em meados de 1934, na cidade de Conceição de Feira, interior da Bahia, esse romance, o quarto na bibliografia de Amado, com 372 páginas, foi concluído no ano seguinte, e na sua 1ª edição saiu pela Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, em setembro de 1935, com capa de Santa Rosa, sendo recebido com entusiasmo pela crítica e pelo público. Três anos depois, era traduzido para o francês e publicado pela Gallimard, das mais prestigiadas editoras da França, com o título de Bahia de Tous les Saints.

Publicado em Portugal e traduzido para o alemão, basco, búlgaro, chinês, espanhol, francês, grego, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, romeno, russo e tcheco. Jubiabá foi adaptado para teatro, rádio, cinema e televisão. Mais de cinqüenta tiragens no Brasil atestam a permanente vitalidade e o interesse que despertam no leitor as aventuras do negro Balduíno, em suas andanças pela cidade do Salvador e seu Recôncavo, nesse romance em que , pela primeira vez, a vida popular da Bahia está reproduzida em todo o seu esplendor.

Tendo em vista a qualidade dos textos apresentados durante o Colóquio Jorge Amado – 70 anos de Jubiabá, as instituições promotoras do evento decidiram pela publicação dos trabalhos ali apresentados, buscando, dessa maneira, disponibilizá-los para conhecimento de um publico mais abrangente, prosseguindo no intuito, tantas vezes proclamado, de ampliar e diversificar a fortuna crítica sobre Jorge Amado e sua obra, tão significativa para a literatura brasileira.

Texto escrito por Myriam Fraga