Cinema, o livro de Herculano Neto, traduz num grande travellinf a paisagem do Recôncavo e cercanias, ora em grande planos, ora em planos fechados no rosto de seus inúmeros anônimos. O poeta não tem medo de se expor. De verve sarcástica, brinca como seu humour noir ridicularizando a caretice da província, fazendo de seus versos testemunhos da contemporaneidade na qual ele trafega com desenvoltura.

Texto escrito por Miguel Carneiro