Jorge Amado
Fundação Casa de Jorge Amado
Inspirada na generosa e participante vida e obra de Jorge, a Fundação abriga uma exposição permanente sobre a vida do escritor, constituída de edições de seus livros – publicados em 60 países nos cinco continentes -, uma extensa coleção de fotografias, cartazes e objetos que se relacionam com o autor e a sua obra.
Com Ata de Constituição, assinada no dia 2 de julho de 1986, teve a sede inaugurada em 7 de março de 1987, a Fundação Casa de Jorge Amado, foi idealizada e instituída com o objetivo de preservar e estudar os acervos bibliográficos e artísticos do escritor Jorge Amado, assim como incentivar os estudos e pesquisas acima de toda literatura feita na Bahia, criando um fórum permanente de debates sobre a realidade brasileira, especialmente sobre a luta pela superação das discriminações raciais e socioeconômicas.
A criação da Casa contou com a colaboração fundamental do próprio autor e sua companheira, Zélia Gattai, da Universidade Federal da Bahia e da escritora Myriam Fraga – que esteve à frente da Casa por 30 anos.
Além disso, o acervo da Fundação conta com um conjunto de mais de 250.000 documentos entre fotografias, recortes de jornais, artigos científicos, primeiras edições e datiloscritos dos seus livros, além de prêmios, medalhas, etc. – farto material à disposição de pesquisadores e estudiosos.
A instituição é considerada um ponto de referência na geografia cultural da cidade, realizando cursos, seminários, oficinas, ciclos de conferências, lançamentos de livros, exposições e a FLIPELÔ – Feira Literária Internacional do Pelourinho, um dos maiores eventos literários da Bahia.
Entidade privada, de caráter cultural, sem fins lucrativos, a Fundação Casa de Jorge Amado é mantida através de doações, subvenções, auxílios e patrocínios de entidades públicas e/ou privadas e de convênios firmados com entidades congêneres.
Histórico
Em 1982, Jorge Amado comemorou 70 anos de idade e 50 anos de literatura. Naquela época, algumas instituições, no Brasil e no exterior, faziam pressão para que o autor doasse seu acervo literário, a fim de que este pudesse ser melhor preservado e estudado. Mas sua mulher, a também escritora Zélia Gattai, se opunha à ideia, afirmando que o acervo pertencia aos baianos e, portanto, deveria ficar na Bahia.
Quando digo que Zélia é a responsável pela existência da fundação cultural estabelecida no Pelourinho, nascida da doação de meu acervo literário leva meu nome, digo a verdade. Não fosse Zélia o acervo estaria a essa hora em universidade norte-americana.
Dois anos mais tarde, a escritora Myriam Fraga – à frente da instituição até fevereiro de 2016 – trouxe à tona, novamente, a questão da necessidade de se fundar uma casa que guardasse o acervo de Jorge. A Universidade Federal da Bahia, através do seu então reitor Germano Tabacof, propôs iniciar a tarefa de organizar os documentos, que até este momento estavam guardados na casa do escritor, no Rio Vermelho. Em 2 de julho de 1986, foi criada a Fundação Casa de Jorge Amado, que seria inaugurada no dia 7 de março do ano seguinte, contando com a colaboração fundamental da escritora Zélia Gattai. Jorge e Zélia puderam, em vida, frequentar a instituição estabelecida em sua homenagem.