‘3 obás de Xangô’ ganha prêmio de melhor documentário no Festival do Rio 2024

Jorge Amado afirma que “a amizade é o sal da vida”. Por isso, o escritor baiano tinha muitos amigos espalhados pelo mundo. Mas é uma amizade construída na Bahia entre ele, Caymmi e Carybé que dá o tempero ao filme-documentário ‘3 Obás de Xangô’, dirigido por Sérgio Machado.

O longa-metragem teve sua estreia mundial no Festival do Rio 2024 e saiu vencedor na categoria melhor documentário. O filme nos leva ao universo de uma amizade incrível entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, três grandes nomes, que através das artes, ajudaram a construir a identidade do povo da Bahia e do Brasil.

“Que alegria receber o prêmio de melhor documentário no Festival do Rio por um filme que de uma certa forma costura grande parte da minha vida. O Festival do Rio me traz grandes lembranças é o quarto prêmio de melhor filme. O primeiro foi com ‘Onde a terra acaba’, o segundo com ‘Cidade Baixa’, que deu também a Alice Braga o prêmio de melhor atriz, o terceiro ‘A Luta do século’ e esse agora”, escreveu Sérgio Machado em seu perfil no Instagram.

“Tenho muito agradecer! Primeiro a Xangô, depois a esses três obás maravilhosos e ao povo do candomblé. A Coqueirão, a Janela do Mundo, a VideoFilmes a equipe maravilhosa e a todos que enriqueceram o filme com seus depoimentos”, completou.

Obá de Xangô é um título honorífico do Candomblé criado no Ilê Axé Opô Afonjá por Mãe Aninha em 1936. Esses títulos honoríficos de doze Obás de Xangô, reis ou ministros da região da Nigéria, são concedidos aos amigos e protetores do Terreiro. Jorge Amado, Caymmi e Carybé fazem parte desse seleto grupo e receberam os títulos de Obá Arolu, Obá Onicoi e Obá Onansocum, respectivamente.